A busca pela liberdade por parte de escravos durante o ciclo do ouro fez surgir, em 1741, a cidade de Pilar de Goiás.
Um grupo de escravos foragidos formou o Quilombo de Papuãn, onde foram encontrados trabalhando em lavras de ouro nas minas da Cachoeira do Ogó. Esse local era conhecido pelos índios como Mata de Papuãn, palavra da língua tupi que significa capim-marmelada, abundante na região à época.
Com a edificação da Igreja de Nossa Senhora do Pilar, surgiu o arraial que recebeu o mesmo nome e, em poucos anos, tornou-se cenário de pompa e riquezas, com freqüentes visitas de fidalgos do Reino. Com um desenvolvimento surpreendente, decorrente da imensa quantidade de ouro extraída na região, o arraial tornou-se freguesia em 1751, passando a julgado em 1809 e à categoria de vila, com o topônimo simplificado para “Pilar”, em 1833.
O centro histórico de Pilar foi tombado pelo IPHAN em 1953 e o seu conjunto arquitetônico e paisagístico foi o primeiro a ter o qualificativo de paisagismo no seu título, inscrito em 1954 no Livro de Belas Artes e no Livro Histórico, do IPHAN, segundo o parecer de Carlos Drummond de Andrade.
O município é rico em história e atrações turísticas. Destacam-se a Cachoeira do Ogó, a Gruta dos Escravos, os sinos datados de 1785, que podem ser ouvidos a doze quilômetros de distância, e casarões coloniais como a Casa da Princesa. Conta-se que quando a família de D.Pedro II fazia uma de suas incursões pelos sertões do Brasil, passando por Goiás, foi exatamente nessa casa que a Princesa Isabel dormiu. Nela funciona hoje o Museu Casa da Princesa.
A cidade possui uma grande tradição em festas religiosas, sendo as mais importantes a Festa de Nossa Senhora do Pilar, com a tradicional Cavalhada, que existe há mais de um século, e a Festa do Império do Divino Espírito Santo, com destaque para as Folias do Divino e a apresentação do Bumba Meu Boi.
Pilar, que está localizada no Médio Norte Goiano, conta hoje com 2.852 habitantes (IBGE/2007) e a agropecuária é a base da sua economia.
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